- Ó, e agora, quem poderá nos defender?!

Não sou técnico no assunto, nem mesmo ambientalista. Vejo as notícias e aos poucos vou me convencendo de que as previsões apocalípticas para o clima e o ecossistema mundiais têm sua razão de ser. Parece que o homem está mesmo destruindo a natureza, o próprio meio em que vive...

Vez por outra me pego pensando nisso. Minha maior preocupação não é com os 150 ou 500 metros de preservação da vegetação à margem dos rios, como discutem os parlamentares e ativistas na elaboração do novo código florestal. Isto é importante e digno de preocupação. Mas penso mesmo é na vida em sociedade. Neste modelo de civilização e desenvolvimento, alicerçado na exploração desmedida dos recursos naturais...

O reflorestamento é importantíssimo, mas as trilhões de folhas de papel produzidas continuamente no mundo inteiro certamente destroem muito mais árvores. E isso com tudo. O caminho parece que é mesmo o do esgotamento das riquezas da mãe terra...

Não consigo vislumbrar um modelo diferente desse que está aí. Quem não idolatra o friozinho do um ar condicionado, liberando aquele gás na atmosfera, que destrói a camada de ozônio? Como imaginar a vida sem as indústrias, que emitem toneladas de gás carbônico na atmosfera? E os veículos? Quanta poluição! Como estará o planeta daqui a cem ou duzentos anos? Não é justo que o homem, tão inteligente, esteja cavando a sepultura da própria humanidade, como um suicida inconsequente...

Agora imagine quando o mundo se reúne para discutir o problema, e os maiores poluidores, a China e os EUA, se recusam a assinar qualquer tratado comprometendo-se efetivamente com a causa? Fazendo de conta que nada existe...

Só me resta dizer:
- Ó, e agora, quem poderá nos defender?!

É preciso uma mudança de paradigma (da qual eu não faço a menor idéia).
Uma mudança de todos. De todos e de cada um...

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