Coisa do destino...


Saí às pressas para um evento de Advocacia Popular na universidade, mas quando chego, dou de cara com um arco-íris decorando uma roda de diálogos. Perguntei discretamente a um colega e descobri que estava no lugar errado... Mesmo assim fiquei, porque tenho afinidade com as demandas LGBT. Muita coisa aconteceu... Você não faz ideia.

Entro na hora da apresentação dos participantes e, naturalmente, chegou a minha vez. Conto o desencontro - colhendo alguns risos - e me contam que o evento havia acabado há umas duas horas - colhendo outros risos. Estava ali por engano, mas me acolheram naturalmente. Passo a palavra, quando me interpelam, porque havia esquecido do principal: "sou hétero".

Mas não me senti diferente por isso. No fim das contas somos gente! Na essência, somos essa coisa que sabemos muito bem... O resto é decoração, é a cereja do bolo... É fantasia, é imagem, nada mais. Não é possível que a orientação sexual possa nos estranhar tanto, nos distanciar, nos separar, nos dividir, nos rivalizar, nos guerrear, nos matar... Mas é, meu camarada... É muito possível... É real.

Assino a lista de presença, para valorizar o quórum, e fico ali, ouvindo coisas bonitas... Histórias da vida real... Uma riqueza. Fui percebendo que estava mesmo no lugar certo e não havia me enganado coisa nenhuma. A humanidade naquele lugar era latente! E quando me sinto gente - gente como a gente - me sinto vivo, me sinto bem...

Pra terminar, sorteiam o número 24 da lista de assinaturas e presenteiam Leonardo Dantas com uma bela camisa: "tire o seu respeito do armário"!

Coisa do destino...

3 comentários:

  1. Leo,
    usando as palavras de Neto, você me mata de orgulho. Meu Deus! Você chega a ser sublime! Que texto lindo! Real, cheio de vida! Palavras não existem para expressar o orgulho da tua existência. Você é simplesmente fantástico! Beijo.

    ResponderExcluir
  2. De fato, Leo, seus escritos no dão reais impressões da vida, do mundo, das coisas...e das pessoas. Parabéns!

    ResponderExcluir