Minha reverência

Não posso passar esta data (dia do professor) sem dizer qualquer coisa.

Muitos de nós, durante a infância, passa mais tempo com o "tio" ou a "tia" da escola, do que com os próprios pais, ocupados legitimamente com o trabalho. Eu fui uma dessas crianças. A nossa educação é feita em casa e na escola, pelos pais e professores. Por isso a minha reverência!

Sou filho e neto de professores, e acho que isso fez nutrir naturalmente em mim uma grande admiração pelo ambiente escolar e acadêmico, reconhecendo desde cedo a importância deles na nossa formação. Provei também da euforia e libertação que o conhecimento pode trazer ao ser humano, quando passa a reconhecer-se como cidadão e entender um pouco mais do mundo a sua volta. E o professor é talvez o maior responsável neste processo.

Não sou autodidata. Não gosto de estudar sozinho. Gosto é do conhecimento compartilhado e discutido em sala de aula, para o enriquecimento de todos. Prefiro o professor ao livro. Prefiro o diálogo ao monólogo. Não admiro o mestre. Quero um professor mais amigo, simples, que se "rebaixa" ao nível de nós pobres alunos, para nos emprestar um pouco de seu conhecimento, experiência e maturidade, me fazendo feliz. O professor para mim é sagrado.

Não quero dá um de sindicalista, mas penso que esta classe seja a mais desvalorizada do Brasil. Não consigo compreender que um professor seja pior remunerado do que eu, que trabalho num cargo de nível médio, executando um serviço administrativo, altamente burocrático e repetitivo. Não consigo digerir essa informação...

Presto, através desta simples postagem, minha homenagem aos professores do mundo inteiro, desejando a eles o entusiasmo necessário para realizar seu ofício, tão nobre e desafiador; sonhando com o dia em que eu possa carinhosamente chamá-los de "meus colegas de profissão".

2 comentários:

  1. Léo tecerei aqui um comentário para suas últimas postagens: reverência e saudades. Ambas, em voccê, estão muito próximas, pelo menos nesse momento.É claro que sendo filho de um professor na mais estensiva acepçao da palavra jamais poderia deixar de reconher e homenagear a nobre classe. Seu pai, Dantas, com quem tive o prazer de trabalhar, foi uma daquelas criaturas que por onde passou inunda com um brilho próprio. O sorriso largo, a disponibilidade de afastar as brumas da ignorância, sempre funcionaram como um realce de sua personalidade. Com certeza deixou muitas saudades e integrou-se, profundamente, a classe reverenciada por você. Parabéns pelo texto, cuja simplicidade está apenas no autor e nós dá uma grande lição .

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  2. Sonho este que irás realizar, pois se desistires muitos perderão a oportunidade de trocar conhecimento sentindo tamanha emoção de quem ama o que está fazendo. Torço por você. Bjs.

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