Mas o principal local de armazenamento era a banheira, que funcionava como uma grande caixa de remédios, cheio caixinhas dentro, com os mais variados nomes e cores. E a borda, obviamente, servia de cabide para algumas ou muitas peças de roupas. É para o que melhor serve mesmo.
Com relação aos nomes dos produtos, eu brincava com eles. Quando estava desocupado, me divertia com os "palavrões" mais esdrúxulos e bizarros da minha vida, catando os medicamentos. Ainda aprendendo a ler, me desafiava, tentando, muitas vezes sem sucesso, soletrar aqueles textos difíceis. Um pouco mais crescido, gostava de memorizá-los e tentar supor, pela pronúncia, para que eles serviam...
Foi nesta fase de adivinhação e sabedoria, que eu descobri a utilidade da "Novalgina". Essa foi fácil, porque minha mãe era ginecologista e eu já entendia das coisas. Se tá velha, vai ficar nova! Me achava realmente esperto.
Anos depois, a decepção. Soube por acaso, pelo meu irmão, que "Novalgina" não tem nada a ver com a "valgina". É apenas um remédio pra dor (e febre).
Que incoerência...
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk só você mesmo pra me fazer rir onde estou agora, num local com muita gente doente, com sono, contando os minutos para "terminar de amanhecer" logo kkkkkkkk... Amei o texto!!! O mundo da criança é fascinante, com "viagens" tão interessantes e teorias tão cheias de "convicções". Lembro bem e sinto falta do desenho infantil chamado "O fantástico mundo de Bob", mas pelo que li e ouço diariamente, vejo que tenho o "meu" próprio Bob ao meu lado rsrsrsrs... Bjs.
ResponderExcluirLéo,
ResponderExcluirSuas postagens trazem, sempre, a certeza de boa leitura e leveza. Por mais sério que possa parecer o assunto você, invariavelmente, tem uma forma de nos mostrar a outra face da moeda. Suas lembranças mostram o menino que você foi. Inteligente, curioso e puro. Amei o seu texto. Quero dizer que muitos viveram o que vocẽ viveu tentando advinhar a indicação e, sem nem o saber, o sentido de algumas palavras. Há muito tempo.......bote tempo nisso, fiquei bastante preocupada tentando entender e enquadrar o seguinte: "amojada", "beberagem", "constipação", só depois de ouvir repetidamente de nossas secretárias do lar aprendi. Pela ordem: grávida, remédio e doença. Sua apredizagem pode ter sido complicada, mas seu texto é fácil, limpo e divertido. Parabéns.
Lourdinha