Já tinha visto o filme “Gandhi”, quando era muito pequeno e não entendia direito das coisas; mas recentemente tive a oportunidade de assisti-lo de verdade. Dá vontade de contar o filme, mas não vou gastar minhas linhas com isso. Quero relatar apenas um único momento deste, que considero o ápice do enredo. Revela um ensinamento revolucionário de um verdadeiro mestre, o qual me emociona sempre que a cena me vem à memória.
Tendemos a hostilizar o diferente; não queremos nem aproximação. Talvez isso seja uma defesa, que não deva ser alimentada. Devo dizer que é justamente no diferente que pode estar a nossa salvação. Como saber se estamos errados, convivendo apenas com iguais? A aproximação e o diálogo com outros "mundos" e outras "cabeças" podem nos ensinar coisas valiosas. Precisamos ter a coragem de dar uma chance para o novo, para o estranho...
Mas vamos à cena, ou melhor, à história. Depois de os indianos se libertarem da dominação e exploração inglesa, seguindo, até as últimas consequências, os ideais da desobediência pacífica; a religião dividiu aquele povo, deflagrando uma guerra civil entre indianos hindus e indianos muçulmanos. Mahatma Gandhi, profundamente entristecido com a situação, declarou greve de fome até que a paz fosse restabelecida - disposto a morrer pela causa, inclusive.
Passado um tempo, o velho Gandhi, já definhando de fome, recebe a visita de um varão hindu, que chega desesperado:
- Eu vou para o inferno. Matei uma criança, esmaguei a cabeça dela na parede.
- Porque? Perguntou Gandhi.
- Porque? Perguntou Gandhi.
- Porque mataram meu filho, meu menino. Os muçulmanos mataram meu filho.
- Conheço um jeito de escapar do inferno. Encontre uma criança, uma criança cujos pais tenham sido mortos, um menino mais ou menos da mesma idade, e crie-o como se fosse seu. Só esteja certo de que ele seja muçulmano e eduque-o como muçulmano.
O homem cai aos prantos... Acho que ele viu mesmo a salvação.
Como dizia meu pai, com um olhar filosófico: “Mahatma Gandhi...”. E não dizia mais nada.
OI LEO! GANDHI É REALMENTE UMA ALMA QUE SIMBOLIZA PAZ, PACIÊNCIA, TOLERÃNCIA E AMOR E NOS DEIXA GRANDES LIÇÕES.
ResponderExcluir"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."
(Gandhi)
Léo GHANDI realmente é uma daquelas criaturas que trazem luz ao mundo . Com Êle Satyagraha significava a "força da verdade", infelizmente no Brasil sequer a palavra consguiu continuar com o significado literal, ao ser utlizada pela Polícia Federal transformou-se vexame para quem buscava respostas e atribuição de culpas. É desse grande homem a máxima: "Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia." Lourdinha
ResponderExcluir"Tendemos a hostilizar o diferente; não queremos nem aproximação. Talvez isso seja uma defesa, que não deva ser alimentada". O exercício diário e um investimento constante de nossas energias nesse propósito de não alimentar o comodismo de apenas criticar o diferente, é um caminho árduo, e muito necessário à nossa paz interior!
ResponderExcluirGandhi não só entendeu como ensinou que o diferente pode ser mesmo a nossa salvação.
Ótima reflexão, parabéns. Bjs.
No ápice egoísta de minha dor, tive uma grande lição lendo o Livro Tibetano dos Mortos, onde ele narra:
ResponderExcluirDEVEMOS AMAR O NOSSO PRÓXIMO, NÃO SÓ OS QUE ESTÃO PROXIMOS, MAS DE QUEM NOS APROXIMAMOS.
Te amo Léo
Beijos
Tia Lúcia
Não conheço o livro mas gostaria de ler. A frase é perfeita e carregada de sabedoria, como sempre! Bjs, tia.
ResponderExcluirÉ verdade Léo. Em Dantas, aprendi o olhar social. Nele existia teoria e PRÁTICA. Fazer compreender, a ser mais tolerante e solidário, era o seu projeto. Uma escola de vida! E, finalizando, "foi um Anjo que entrou em nossas vidas!" - (Igor D´Lembert,2011) rss.
ResponderExcluirBeijo grande.