Depois de levar alguns
“tombos” na vida, aprendi que nada é perfeito. Nem eu, nem
ninguém, nem nada. Essa mania por perfeição, que alguns têm, se
resume a frustração, decepção, intransigência, chateação, etc.
A vida tem suas “mortes”, até a flor tem seus espinhos, e não esqueça: “há
uma pedra no meio do caminho”...
Assim, depois de tanto “bater
com a cabeça na parede” e “dar murro em ponta de faca”,
larguei mão do idealismo e assumi o realismo. Foi uma mudança de
paradigma. Foi a melhor coisa que fiz. Me sinto humano, forte e
fraco, bom e ruim, dentro da minha realidade, no limite das minhas
possibilidades. Deixei de querer ser perfeito e passei a querer ser
apenas eu mesmo. Deixei de me inspirar nos santos e passei a me
espelhar nas pessoas, gente como a gente... Costumo dizer que aprendo
com todos: quem acerta, posso imitar; quando erram, tenho um belo
exemplo de como não proceder. Aprendo da mesma forma...
Apesar de tudo, preciso ter referências sólidas, valores e princípios, que me sirvam
de norte, para me guiar na vida. Por isso sou ideológico. Tenho uma
direção. Os caminhos podem não ser os melhores, os ideais, mas sei
aonde quero chegar; mais do que isso, sei aonde não quero chegar. Princípios são aquelas coisas com as quais você se apega quando
está “cego”, “perdido”, quando tem que decidir mesmo antes
de “a poeira baixar”, ainda no meio da confusão... Sem entender
nada, você vai pelo princípio e, lá na frente, quando as coisas normalizam e
voltam a ficar claras, você olha pra traz e vê que acertou, que o
princípio lhe salvou. Para mim, isto é ser ideológico.
Passei a me
satisfazer, não com o melhor, mas com o melhor possível,
entende?
Ideológico, sim.
Idealista, não!
É isso aí, Leo. Ainda bem que você se deu conta e mudou a tempo, tem gente que passa a vida toda sem esta percepção.Conquistar o melhor não é fácil nunca, mas com este ponto de vista é mais tangível e menos difícil.
ResponderExcluirParabéns.