Natal ou Ano Novo?

Fim de ano.
Os dias revestem-se de uma áurea diferente, alegre e solidária. Muitas confraternizações, muitos presentes e muitos banquetes...

São duas datas bem próximas, com comemorações mundiais. A primeira, atrelada a um dos mais marcantes episódios da história cristã, que também se secularizou ao longo do tempo: o menino pobre da manjedoura envelheceu, criou barbas brancas e hoje compra os produtos ofertados promocionalmente nas lojas, presenteando crianças, parentes e amigos, efervescendo o mercado (se não comprar é muito feio). A outra, representa o fechamento de um ciclo, que se reinicia, mentalizado com a melhor das boas intenções.

O leitor já deve ter percebido algum ranço ou ironia nas declarações acima. Me perdoe, é que tenho problemas com datas comemorativas. Não sei porquê, mas tenho mesmo. Não gosto de festejar nem meu aniversário (pode?). Que fique claro: gosto de festas, de sair e passear; não gosto é de "comemorações" (dia disso ou dia daquilo). É diferente. Por isso carrego nessa época uma certa tensão...

Se eu tivesse que responder se gosto mais do Natal ou do Ano Novo, diria que prefiro o fim de semana ao fim de ano. Mas se tivesse que escolher, ficaria com o Ano Novo. E explico o por quê.

O Natal tem um perfil introspectivo, de reflexão e exame de consciência. Momento para repensar os desafetos, as mágoas, o mal que fizemos, o que convenhamos não é lá tão prazeroso, a pesar de bastante necessário...

Já o Ano Novo é tempo de olhar para frente, sem ressentimentos, de pensar em coisas boas, de "deixar a vida me levar"... E eu, que sou traumatizado com o negócio, passo com mais leveza. Mas fica sempre algo estranho no ar...

3 comentários:

  1. O natal é um pouco angustiante mesmo... meio melancólico. Também prefiro o ano novo, da uma sensação de superação, renovação, aumenta as esperanças de dias melhores e novas conquistas. Bjs.

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  2. Léo, o Natal é assim mesmo. Tira de dentro de nós sensações estranhas, ora é aquilo que deixamos de dizer, ora o que dissemos e não deveríamos ter dito. A lembrança de alguém que não gostamos, a saudade de quem amamos e se foi. A futilidade comercial que acorda o nosso consumismo, a sublime renovação de crenças e fé. Há no Natal um misto de sacro e profano, mas uma verdade é inconteste: a sugestão do Emanuel - “Deus conosco” que nos impulsiona a atitudes que não tomaríamos noutras épocas. Quanto ao Ano Novo, a sugestão é sempre a esperança: de melhores dias (Há 59 anos escuto tal coisa), de Paz (que os homens insistem em adiar), saúde (essa nem sempre podemos interferir), prosperidade (que parece ser a mola mestra das transformações). Tudo isso é bom, o homem não foi criado para ser estático. Para você, como mensagem de tão prodigiosa ocasião – Natal/Ano-novo – uma mensagem de Charles H Spurgeon: “Mesmo que não possamos ver o rosto de DEUS, tenhamos confiança, pois estamos sob a sombra de suas asas.” Que neste Natal e Ano Novo, você, Luzia e a sua legião de admiradores possam compartilhar a alegria que só o AMOR nós proporciona. Feliz Natal. Feliz Ano-novo.Lourdinha.

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  3. Realmente D. Lourdes, existem coisas (boas) que só somos capazes de fazer em época de Natal... Como diz Padre Zezinho:

    Tudo seria bem melhor
    Se o Natal não fosse um dia
    Se as mães fossem Maria
    E os pais fossem José
    E todo mundo parecesse
    Com Jesus de Nazaré

    Obrigado pela mensagem.

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